este livro carrega uma linguagem ancestral. a língua: essa memória da palavra! nele, o mundo gira em seu próprio ritmo, alheio aos dicionários e enciclopédias, tendo como criadora a dança das plantas, dos bichos, das rochas. é como uma oração construída sílaba atrás de sílaba. a natureza como compositora do alfabeto que transcende o tempo. — Carolina Hidalgo Castelani
A poesia de Bárbara Mançanares avança em desafio a regras estabelecidas, em desobediência a certos marcos civilizatórios. A poeta que, em Cartografias do corpo que canta, já invocava um mundo de fronteiras diluídas, aqui, procura pôr de lado a conquista do fogo. Se muito avançamos com o domínio da luz, não deveríamos ter nos afastado tanto da escuridão. Há nela, ainda, segredos, cavernas a serem exploradas. — Aline Aimée